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Mostrando postagens de novembro, 2016

ITAPECURU: LÁGRIMAS E LENDAS (Jocimar Pereira)

          Sr. Juvenal, um pescador, caçador e lavrador que hoje, com mais de sessenta anos, ainda morando na mesma casa à beira do Rio Itapecuru, no Município de Coroatá, Maranhão, onde nascera, vivendo da aposentadoria, a que tivera direito por ser associado da Colônia de Pescadores, com uma saúde invejável e uma facilidade de relatar em detalhes todos os momentos de sua bem vivida vida, através da lembrança viva na memória conta, principalmente aos netos, a história de suas aventuras, a maioria delas sobre uma canoa. Homem simples, estatura média, corpo fino e moreno, queimado pelo sol diário , na luta pelo sustento da família, com uma longa história pra contar e encantar quem ouve. Levantava sempre muito cedo para cuidar da roça que ficava rio acima, uma hora e meia de remadas sem direito a uma parada para descanso, era o tempo que ele levava de sua modesta casa até o seu destino rotineiro. Criou cinco filhos às custas do vai e vem diário em sua canoa sobre o Rio Itapecuru, alé

Quentura (Jocimar Pereira)

Nunca imaginei Tanto calor por cá Parece que o sol se aproximou Um pouco mais de Coroatá Eu fico me interrogando Passei o dia a me perguntar O que é que está acontecendo? O que houve, Jocimar? Cada dia mais quente E parece que não vai melhorar Do jeito que estamos indo Vivos iremos assar Há muito tempo se fala Que o fim com fogo será Pois é bom ir preparando Porque parece não demorar Já amanhece fazendo calor Dá uma saudade sem fim Dos velhos tempos passado Do vento frio em mim O ventilador mais parece A boca de um dragão Será esse o destino? Iremos virar carvão? Mas no carvão pode estar A origem dessa fornalha Cada árvore derrubada Passada ao fio da navalha Quando o homem desmata Para o carvão produzir Alimenta a fogueira Que irá lhe consumir Essa é a resposta Que a natureza nos dá Colhemos o que plantamos Precisamos reflorestar Por isso se você quer Alguma coisa fazer Comece a despertar