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Mostrando postagens de abril, 2017

Protesto (Jocimar Pereira)

Um grito só ecoou Não é um grito solitário É um grito brasileiro Um grito solidário O grito saiu do peito De dentro do coração Não é um grito no meio É o grito da multidão Na calada armaram Nos porões votaram No silêncio da noite Leis revogaram Quem era pra dar direito O direito tirou Quem era pra estar do lado Contra, ele ficou E agora Brasil? E agora trabalhador? E agora aposentadoria? Cadê meu direito, doutor? Quem deu o seu sim Contra o povo que o elegeu Confia que na eleição O eleitor já esqueceu O povo tem memória curta Logo não vai mais lembrar E quando chegar a eleição Vai de novo em mim votar Será?,  meu país Será?,  minha Coroatá Que nossa curta memória Vai colocá-lo de novo lá? Então o melhor protesto Que poderemos fazer É o nome de cada um Da memória não perder E quando na relação Seu nome não aparecer Agora o povo acordou Isso vão entender Votou contra o povo Do povo não merece con

97 anos de Coroatá (Jocimar Pereira)

8 de Abril parabéns Pra minha terra Coroatá Por que a sonhada paz Distante de nós está? Jovens assassinados Jovens assassinos O que aconteceu, Coroatá Com os teus meninos? Será que foi   a peteca Que deixaram de jogar? Ou será a bicicleta Que deixaram de pedalar? Será que foi   o rio Que deixaram de banhar? Será que foi a árvore Que deixamos cortar? O que foi Coroatá? O que foi que aconteceu? Porque a brincadeira De criança morreu? Será que foi o pipoqueiro Que “pipocom” não mais gritou? Ou foi o grave do pasteleiro Que nunca mais ecoou? Será que foi   o parquinho Que da praça tiraram? Ou foram as mangueiras Que da Rua do Sol tombaram? Responde Coroatá Noventa e sete anos a fazer Nessa experiência de vida Podes me responder Porque a vida aqui Contraria a natureza? Pai enterrando filho Coroatá isso é tristeza O ciclo da vida humana Na contramão vai seguindo Os velhos enterrando os novos