Caboclo Lá do Mato (Jocimar Pereira)
Sou Caboclo lá do mato
Sou lá do interior
Com toda essa mudança
Hoje já nem sei quem sou
Eu olhava para o céu
E podia adivinhar
Se era tempo de colheita
Se era tempo de plantar
Hoje olho para cima
E nada entendo não
Passarinho do inverno
Tá cantando no verão
É chuva no verão
É seca no inverno
O que tá acontecendo
O que foi que aconteceu
Tem alguma coisa estranha
Ou o caboclo endoideceu
Até o meu jumento
Já não marca a hora certa
Não relincha meio dia
Nem às seis horas desperta
Meu galo garnisé
As horas não sabe mais
Canta às três canta às seis
Não posso dormir em paz
É chuva no verão
É seca no inverno
O que tá acontecendo
O que foi que aconteceu
Tem alguma coisa estranha
Ou o caboclo endoideceu
Já não canta a cigarra
Não canta mais o sabiá
Canto do currupião
Não escuto mais por lá
Não há pisada de paca
Não há rastro de tatu
No rio onde pescava
Não vejo nem cururu
E pelo jeito que tô vendo
Logo acaba o babaçu.
Sou lá do interior
Com toda essa mudança
Hoje já nem sei quem sou
Eu olhava para o céu
E podia adivinhar
Se era tempo de colheita
Se era tempo de plantar
Hoje olho para cima
E nada entendo não
Passarinho do inverno
Tá cantando no verão
É chuva no verão
É seca no inverno
O que tá acontecendo
O que foi que aconteceu
Tem alguma coisa estranha
Ou o caboclo endoideceu
Até o meu jumento
Já não marca a hora certa
Não relincha meio dia
Nem às seis horas desperta
Meu galo garnisé
As horas não sabe mais
Canta às três canta às seis
Não posso dormir em paz
É chuva no verão
É seca no inverno
O que tá acontecendo
O que foi que aconteceu
Tem alguma coisa estranha
Ou o caboclo endoideceu
Já não canta a cigarra
Não canta mais o sabiá
Canto do currupião
Não escuto mais por lá
Não há pisada de paca
Não há rastro de tatu
No rio onde pescava
Não vejo nem cururu
E pelo jeito que tô vendo
Logo acaba o babaçu.
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