Sax (Jocimar Pereira)
Um sopro um som
Um sax um tom
O vento que sopra
A música que toca
O dedo que movimenta
O ar que alimenta
Um instrumento de curvatura
Sinuosidade beleza pura
Seja amarelo ouro ou prateado
Reluzente ou dourado
Som grave ou agudo
Não posso te ver mudo
Tudo é um momento
A revelação de um talento
No dedo a nota exata
No sopro a serenata
Uma perfeita harmonia
Dedos, sopro, homem e alegria
Instrumento, beleza e sinfonia
Música e canção, poeta e poesia
E os talentos onde estão?
É necessário a revelação
Ele é um instrumento vivo
É necessário o incentivo
A música não pode parar
O sax não pode calar
Na mão a nota desenhar
O peito precisa soprar
Sax e homem um par
Nada pode separar
Na alma precisa tocar
O sopro da vida soprar
No lugar do canto um pescoço
No canto encostado não ouço
No canto que quero ouvir
No canto que canta, sentir
No pescoço no peito na mão
No sopro do coração
Homem e instrumento união
Música suave canção
Não te cale não te deixe calar
Reclame, mesmo desafinado escutar
Precisa no peito encostar
A música não pode parar.
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