Queimadas (Jocimar Pereira)
No início de sua história
O homem descobriu o fogo
Num misto de assombro e medo
Do fogo achou o segredo
E assim dominou o jogo
O jogo do acende e apaga
Permitiu o fogo domar
Não precisava ficar ligado
Era melhor ficar apagado
Pra hora que precisar
E assim vivia o homem
Controlando sua descoberta
Homem e fogo em harmonia
Vivendo com alegria
Acendeu o fogo, acendeu o alerta
O fogo mesmo domado
Precisava do homem por perto
No controle sempre amarrado
Porque se soltasse o danado
Transformava tudo em deserto
E assim seguia a vida
O homem sabendo queimar
Mas um dia a tal ambição
Do homem tirou a razão
E o fogo começou a matar
Assassinando a natureza
Até o clima mudou
Queimada pra preparar
A terra para plantar
O planeta inteiro esquentou
Dezenas de hectares
Passam a ser descampada
Para dar início a agricultura
Agora teremos fartura
E a riqueza aumentada
Precisa queimar mais um pouco
O capim é necessário plantar
Quanto mais capim semeado
Mais alimentaremos o gado
A fome vai acabar
E assim fomos queimando
A quantidade de boi disparando
Na mesa do pobre não chegava
A carne que tanto esperava
E a fome só aumentando
Junto com a fome do povo
As queimadas iam crescendo
E o fogo adentrando a mata
Protegido pela gravata
E o clima da terra aquecendo
Para as mãos do fogo não há lei
Quem queima não respeita fronteira
Terras de proteção ambiental
Para que proteção florestal
O fogo é flecha certeira
Flecha que acerta o peito
Até de quem a criou
Para que índio quer tanta terra?
Toca fogo que ele desterra
Quem fica o fogo queimou
Para que índio quer tanta terra?
Criam leis diminuindo a extensão
Para menos da metade diminuída
Nação indígena excluída
O homem perdeu a razão
O fogo segue impetuoso
Por onde passa deixa destruição
Dezenas de anos pra recuperar
A natureza usou décadas para criar
Acabou num bater palma de mão
Precisamos urgente ouvir
O que o mundo está a gritar
Até um Sínodo vai acontecer
Pra buscar fazer entender
Que a Amazônia não pode queimar
Fauna e flora precisamos urgente
Com consciência preservar
Se destruirmos a terra
Toda a vida encerra
Como aqui não há outro lugar
Assim não podemos calar
E o grito da natureza ecoar
Sem moto serra sem queimada
Sem isqueiro sem derrubada
Para a própria vida preservar
Ou paramos com o fogo
Ou morreremos queimado
E do jeito que tá esquentando
Não vai demorar terminando
Todo mundo sapecado
O momento é agora
Chegou a hora de parar
Ao invés da queimada
De uma árvore derrubada
É melhor plantar
Recebam a poesia de alerta
Do Poeta Jocimar.
O homem descobriu o fogo
Num misto de assombro e medo
Do fogo achou o segredo
E assim dominou o jogo
O jogo do acende e apaga
Permitiu o fogo domar
Não precisava ficar ligado
Era melhor ficar apagado
Pra hora que precisar
E assim vivia o homem
Controlando sua descoberta
Homem e fogo em harmonia
Vivendo com alegria
Acendeu o fogo, acendeu o alerta
O fogo mesmo domado
Precisava do homem por perto
No controle sempre amarrado
Porque se soltasse o danado
Transformava tudo em deserto
E assim seguia a vida
O homem sabendo queimar
Mas um dia a tal ambição
Do homem tirou a razão
E o fogo começou a matar
Assassinando a natureza
Até o clima mudou
Queimada pra preparar
A terra para plantar
O planeta inteiro esquentou
Dezenas de hectares
Passam a ser descampada
Para dar início a agricultura
Agora teremos fartura
E a riqueza aumentada
Precisa queimar mais um pouco
O capim é necessário plantar
Quanto mais capim semeado
Mais alimentaremos o gado
A fome vai acabar
E assim fomos queimando
A quantidade de boi disparando
Na mesa do pobre não chegava
A carne que tanto esperava
E a fome só aumentando
Junto com a fome do povo
As queimadas iam crescendo
E o fogo adentrando a mata
Protegido pela gravata
E o clima da terra aquecendo
Para as mãos do fogo não há lei
Quem queima não respeita fronteira
Terras de proteção ambiental
Para que proteção florestal
O fogo é flecha certeira
Flecha que acerta o peito
Até de quem a criou
Para que índio quer tanta terra?
Toca fogo que ele desterra
Quem fica o fogo queimou
Para que índio quer tanta terra?
Criam leis diminuindo a extensão
Para menos da metade diminuída
Nação indígena excluída
O homem perdeu a razão
O fogo segue impetuoso
Por onde passa deixa destruição
Dezenas de anos pra recuperar
A natureza usou décadas para criar
Acabou num bater palma de mão
Precisamos urgente ouvir
O que o mundo está a gritar
Até um Sínodo vai acontecer
Pra buscar fazer entender
Que a Amazônia não pode queimar
Fauna e flora precisamos urgente
Com consciência preservar
Se destruirmos a terra
Toda a vida encerra
Como aqui não há outro lugar
Assim não podemos calar
E o grito da natureza ecoar
Sem moto serra sem queimada
Sem isqueiro sem derrubada
Para a própria vida preservar
Ou paramos com o fogo
Ou morreremos queimado
E do jeito que tá esquentando
Não vai demorar terminando
Todo mundo sapecado
O momento é agora
Chegou a hora de parar
Ao invés da queimada
De uma árvore derrubada
É melhor plantar
Recebam a poesia de alerta
Do Poeta Jocimar.
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