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Mostrando postagens de dezembro, 2018

Com a Morte na Garupa (Jocimar Pereira)

Nossa querida terra Volta por outra de coração partido Estou buscando entender A causa de tanto sofrer Com o que tem acontecido Em nossa querida terra Ecoa um grito mudo Ninguém consegue escutar A voz   da razão falar Estamos sempre de luto Em nossa querida terra Todos sabem aconselhar O problema é o aconselhado Por não ficar calado Não consegue escutar Seria o barulho do paredão Que não permite ouvir Ou seria mesmo a falta de atenção O não ouvir a razão Que faz na moto a morte subir? Ela tem andado de carona Ela, a morte Tem comandado o destino De rapazes, moças e até meninos Tem   sido o caminho, a sorte Talvez sorte não seja a palavra Para definir tal situação Que arranca do aconchego e do carinho Que traça destino, o   caminho Que atropela, pisa, esmaga o coração Porque? Me responda, porque? Tanta vida ceifada Por falta de prudência Pela impaciência Famílias destruídas, vida acabada As autorida

Natal (Jocimar Pereira)

É natal Tempo de amar Tempo de esperar Tempo do Advento Da espera pelo que há de vir Tempo de confraternizar Todo tempo Deveria ser o tempo de confraternizar Não deveríamos esperar O tempo passar ou chegar Para abraçar Mesa farta Mesa cheia Alguém na porta a esperar Caindo as migalhas da mesa Não as deixe cair Reparta antes de no chão chegar Mesa farta Mesa cheia Alguém na porta a esperar Com fome, descalço, quase nu Assado, cozido ou cru No teu lixo, a fome saciar Os pés descalços, calejados Meus pés quentinhos, calçados Na escolha de qual vou calçar Para que lembrar? De partilhar! Importante sobrar Natal é tempo de amar Amar quem tá do meu lado Amar quem concorda comigo Muito fácil, muito bom O amor ecoa como um som Do abraço comprimido Queria ver amar esse idoso Que tanto de te cuidou Com amor incondicional te amou Bem do teu lado Na noite de natal deitado E tu dele nem sequer lembrou Queria ver amar esse drogado Caído, sujo, jogado