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Mostrando postagens de dezembro, 2020

Carlos Peba - Farol do Gavião (Jocimar Pereira)

Na toca que o Peba cavou O Gavião resolveu morar Abandonando seu ninho Para com muito carinho Minha terra alegrar Quanto cuidado Peba Tinha com o Gavião E o Gavião respondia Com gritos de alegria Embalando a multidão Foi numa mesa de bar Que tudo começou Perto do chão e muito alto Gavião foi pro asfalto E a todos encantou Peba sem Gavião Difícil imaginar Caminhar cadenciado Cabeça baixa concentrado Um novo enredo a pensar Amém pra quem é de amém Axé pra quem é de axé Batendo asas e voando A tristeza afastando Viva Mãe Senhorinha, enredo pra mulher Nessa terra do já teve O que era bom se acabou Quando precisou gritar Ao lado do povo estar O Gavião não se calou Eu vou noivar na quadrilha Eu vou pra Rua do Sol Itapecuru, Nossa Senhora da Piedade Coroataense de verdade Peba era, do Gavião o farol De um carnaval para outro Era tempo demais O Gavião adormecido Jamais por ele esquecido Incomodava o rapaz Após o respeito quaresmal Coração no pei

Um Pouco Mais Além (Jocimar Pereira)

  O pensamento vagueia Buscando inspiração Um lindo lago à frente Pode ser mais belo na mente Sentimento insatisfação Não é isso que estou buscando Quero ir mais além Sei que o vento existe porque me toca Essa certeza uma interrogação provoca E vou provocar você também Necessitamos do ar Nele também não conseguimos tocar O vento me toca Uma sensação provoca No lago vou mergulhar Logo me falta o ar Já tenho uma resposta Ele, o bendito ar Não está lá Viver submergido não gosta Após o mergulho Na saída do lago, molhado O vento bate Meu corpo reage É o frio, outro que não pode ser tocado Vou parar um pouco Para não ficar complicado Que o vento existe posso garantir O ar existe para a gente existir O frio é no todo, não só do lado Eu não toco nem vejo o vento Mas sei quando é fraco ou forte Eu não toco nem vejo o ar Mas sei que está em todo lugar Sem ele, sem vida, morte E o frio? E o calafrio? E o calor? A poesia por aquí vai encerrar Mas logo nu