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Mostrando postagens de abril, 2019

O Sertão Vai Virar Mar (Jocimar Pereira)

O Sertão Vai Virar Mar Eu ouvi alguém falar Num recente tempo passado Que por aqui um dia A inundação chegaria Era o futuro anunciado Não precisa cientista ser Para a realidade ver Basta   um simples olhar Com tanta destruição Com tanta poluição O sertão vai virar mar O ciclo das chuvas era No controle Outono e primavera O verão com seu tempo exato Tempo de plantar e de colher Uma mudança podemos perceber A natureza cobrando de fato Alguém lá atrás anunciou A atenção de todos chamou Se não parar a destruição Derrubada e queimada Natureza assassinada Será seca ou inundação O sertão vai virar mar Eu   ouvi alguém falar Acho que foi uma profecia Tanta seca por aqui Agua pouca sempre a fluir Isso jamais acontece um dia O sertão tá acostumado Com pouca chuva adaptado A natureza se adequou Agua em excesso por aqui É até pra gente sorrir Ver isso nunca vou E o homem “machadando” Depois a serra usando E

O Canto do Bem-te-vi (Jocimar Pereira)

Hoje cedo ouvi O bem-te-vi que cantava A princípio achei Que ele me perguntava Se eu estava bem Se bem eu estava Aquele canto que perguntava Me deixou lisonjeado Um pássaro de lindo cantar Comigo preocupado Era Deus através dele Me mostrando o seu cuidado Podia ser afirmação O tom daquela canção Bem ele me viu Leu meu coração De frente ao lindo pássaro Segui minha meditação Um pássaro que canta Bem que ele me viu O bom momento do passado Que a um instante partiu A felicidade de ontem Que no hoje sumiu E ele canta de novo Dizendo bem que te vi A felicidade de quem vê Quem não deseja partir Mas num instante estás Tão distante de mim E o canto que segue Me trazendo opções diversas Num diálogo de três palavras Uma longa conversa Que segue pela manhã Naquela prosa sem pressa Bem que te vi Quanto bem faz te ver Diz o amado a amada Quanta saudade de você O bem que faz com os passos Para o abraço correr De repente um outro canto Temos o diálogo

Cine Vitória (Jocimar Pereira)

Quanta saudade que tenho Do passado, da infância Do meu tempo   de menino Do meu tempo de criança Nas tardes de domingo No cinema o vesperal Paixão de Cristo era certeza De lotação total Bruce Lee o lutador Apanhava mas sempre no final Ficava com a vitória Aplicando um golpe mortal Do nosso único cinema Que tinha por nome Vitória Só resta hoje a lembrança Como saudade na memória O picolé do Sr. José Campos Tinha um sabor especial Igual o espetinho do Pelé Em frente ao cinema local A velha praça testemunhou De alegria vibrava Cheia de jovens ansiosos Que a outra sessão esperava Houve um tempo em que o cinema As velhas carteiras tirou Com aconchegantes poltronas azuis Mais belo e confortável ficou Aos domingos sempre estava lá Indo o cinema prestigiar A noite só para os adultos Nem o cartaz podia olhar A chamada para o filme Muito me encantava Quando o locutor José Rêgo Para o cinema convidava E

Livro de Poesias - 100 anos de Coroatá

Estou iniciando os preparativos para a publicação de um livro comemorativo dos 100 anos de Coroatá O processo começa com a busca de parceiros que queiram contribuir para que esse sonho se realize e possamos eternizar as nossas poesias, principalmente as que homenageiam a nossa cidade, pessoas ou fatos que contribuíram para nossa história nesse primeiro século. A idéia inicial é lançar o livro comemorativo que terá o título "100 ANOS DE COROATÁ 100 POESIAS DE JOCIMAR". O que preciso para publicação do livro? Apoio financeiro para custear as despesas, não tenho nada para iniciar, apesar de ter o mais importante que são as poesias e o dom para escrevê-las, falta recursos para a publicação. Todos os parceiros terão seus nomes divulgados no livro como forma de agradecimento. Tenho certeza absoluta que este livro contribuirá muito com a história de nossa terra e principalmente será muito utilizado como didático nas escolas do município, haja vista sempre estar sendo conv

Coroatá - Nove Nove (Jocimar Pereira)

A beira do primeiro centenário Vamos entrar nos nove nove Com uma geração esperançosa Orantes pela fé que move Fé que move montanhas E que nos leva ao morro Nas costas o machado Belo te quero de novo Nas costas o machado Não para quebrar o coco O machado nas costas É para lembrar o morro A tua praça central Aquela   do cinquentenário Estará bem diferente Quando chegar teu centenário Da velha estação Nos nove nove só restará Entregar para os cem A lembrança do que não há Não há passageiros Não há cocadeiros Não há bolos Não há laranjeiros Nos nove nove Da velha estação Só o trem incomodando A nossa população Mas deixa ele aí Cometendo os seus excessos Talvez um dia na passagem Ele deixe o progresso Já te imaginou nesses noventa e nove Sem o trem Coroatá? Muito silêncio tendo só O paredão pra incomodar Deixa o trem passar Do velhinho sentado à porta Ele relembra O tempo que não volta E