Quentura (Jocimar Pereira)



Nunca imaginei
Tanto calor por cá
Parece que o sol se aproximou
Um pouco mais de Coroatá

Eu fico me interrogando
Passei o dia a me perguntar
O que é que está acontecendo?
O que houve, Jocimar?

Cada dia mais quente
E parece que não vai melhorar
Do jeito que estamos indo
Vivos iremos assar

Há muito tempo se fala
Que o fim com fogo será
Pois é bom ir preparando
Porque parece não demorar

Já amanhece fazendo calor
Dá uma saudade sem fim
Dos velhos tempos passado
Do vento frio em mim

O ventilador mais parece
A boca de um dragão
Será esse o destino?
Iremos virar carvão?

Mas no carvão pode estar
A origem dessa fornalha
Cada árvore derrubada
Passada ao fio da navalha

Quando o homem desmata
Para o carvão produzir
Alimenta a fogueira
Que irá lhe consumir

Essa é a resposta
Que a natureza nos dá
Colhemos o que plantamos
Precisamos reflorestar

Por isso se você quer
Alguma coisa fazer
Comece a despertar esse clima
Aí dentro de você

Clima de amor e paz
De respeito à natureza
De entender que a obra divina
É sempre uma beleza

Vamos combater o fogo
Nessa prática ultrapassada
Conscientizando quem queima
Extinguindo a queimada

Pra ter uma boa produção
Não é preciso queimar
Respeitando a natureza
Ela vai te respeitar

Por isso vamos ter pressa
E juntos nessa união
Antes que queimemos juntos
Neste imenso fogão

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