A chegada de Zé do Combate no Ceú (Jocimar Pereira)

Essa noite nos meus sonhos
Um anjo apareceu
Pra me contar de uma grande festa
Que no céu aconteceu
Foi uma grande mobilização
De todos chamou atenção
O evento que se deu

Me falou que nesse dia
Todos estavam a se perguntar
O que tá acontecendo
No ¨Recanto de Coroatá¨?
Ali há muita alegria
Como em outro lugar não se via
Todos queriam estar lá

Quem ali chegava
Vindo de toda parte
Nunca tinham visto
Em um só lugar tanta arte
O time estava completo
O céu de alegria repleto
Com a chegada de Zé do Combate

Foi um artista chamado Zé
Zé do Combate o povo conclama
Conta histórias, canta, faz versos
Ensina como se ama
Hoje aqui não dorme ninguém
Com essa alegria que vem
De Coroatá que na terra se chama

Ta contando as novidades
Que ele trouxe de lá
Dizendo que fez música nova
Pra um novo boi do seu lugar
São João foi muita animação
Está preservada a tradição
Com o boi Encanto de Coroatá

Fala que sua música
¨Vaqueiro Lord¨ continua tocando
Nos terreiros de São João
Vai o povo animando
Junto com ¨Minha Terra¨
Sucesso que não encerra
Boi de Coroatá vai preservando

A bateria está montada
¨Pé de Ferro¨ já afinou
Pratos de ouro baqueta de prata
Nela ninguém tocou
Esse povo de Coroatá
Tem prestígio por cá
De um santo ele ganhou

¨Zeca do Banjo¨ também ta lá
Com o Zé já tira um som
Bom músico, ouvido aguçado
Ele nunca foge do tom
O banjo é especial
Brilho nunca se viu igual
Ganhou do santo de marron

¨Bibiu¨chegou solando
Uma canção melodiosa
Quando ouviram o seu som
Silenciou-se logo a prosa
Eita música bela
Linda igual donzela
Bonita feito uma rosa

Não dava pra saber
O que de mais belo existia
O som da música ou o sax
A beleza que se via
De ouro brilhava reluzente
Que nem o sol ardente
O brilho da luz do dia

O sax ¨Bibiu¨ recebera
No momento de sua chegada
Em uma caixa reluzente
Com pedra preciosa cravada
É poderoso seu presenteador
Em segredo ¨Bibiu¨ guardou
A pedido não fala nada

A obra é uma  perfeição
O músico e o instrumento
As notas, a melodia, a harmonia
Leves como o vento
Quando toca, toca o coração
De quem ouve a canção
Pára tudo no momento

Ouviu-se logo ao fundo
Um outro sax tocando
Zé do Combate se alegrou
Ao ver ¨Zé Nunes¨ chegando
Executava uma música bela
Jamais imaginou uma orquestra daquela
No céu lhe recepcionando

O sax que ¨Zé Nunes¨ tocava
Como o de ¨Bibiu¨ a beleza era igual
Todo em prata cravado de diamantes
Uma obra fenomenal
A banda se completava
Nada mais faltava
Zé do Combate chegou com moral

Quando a banda se formou
E estava prestes a tocar
¨Inácio Souto¨ falou
Que precisava alguém anunciar
Para a festa ter mais glamour
Era preciso um locutor
E logo foram chamar

Uma dupla de locutores
Conhecida em Coroatá
Usam no céu suas vozes
Para os eventos apresentar
Filho de peixe, peixinho é
Logo ¨J. Filho e Sr. Zé¨
Começaram a falar

Faltava o cantor
Para a festa começar
Pra cantar ¨Minha Terra¨
¨Joel Guedes¨ foram chamar
E logo o baixinho chegou
Com sua voz de esplendor
A festa ia começar

O homem do Forró Quentão
O velho ¨Zé Gonçalves¨ falou
Uma mensagem de boas vindas
A Zé do Combate desejou
E ¨J. Filho¨ deixando de lero lero
Ouvir essa banda eu quero
A grande festa começou

O anjo me contou
Que foi uma grande festa
A melhor que aconteceu
Nenhuma dúvida resta
O ¨Recanto de Coroatá¨
No céu é o melhor lugar
Muita gente alegre e modesta

Me disse que foi assim
A chegada do nosso compositor
Com o Poeta Zé do Combate
O céu ainda mais se alegrou
Toda hora tem uma nova pra contar
Todos vive a cativar
¨João do Vale¨ seu fã virou

O poeta foi da terra
A terra ele deixou
Coroatá perdeu um artista
O céu foi quem ganhou
Tivemos a sorte de ver a arte
Do artista Zé do Combate
Deus nos privilegiou

Aqui faço minha homenagem
Aos que a arte fizeram brilhar
A memória de nossa cultura
Que eu pretendo preservar
Nos meus escritos e poesias
Todos eles irei lembrar
Recebam todos a justa homenagem
Do Poeta Jocimar.

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