Passageiro (Jocimar Pereira)


Estamos  de passageiro
No trem desta vida
Na estação final
O vagão é igual
Seja ela curta ou comprida

Tipo de luxo ou comum
Pode ser o vagão
Mas é pequeno o espaço
Sobre o peito vai o braço
Quase não cabe a mão

Mesmo com muito conforto
O vagão não tem tv
Esqueça o celular
Internet nem pensar
O indivíduo nem vê

O vagão é pequeno
É mesmo muito apertado
Em pé não pode ficar
Sentado nem pensar
Só dá pra ficar deitado

Não cabe nem ouro nem prata
Nem mala pra levar dinheiro
Roupa só a do corpo vestido
Raramente vestem colorido
O trem é rápido e ligeiro

Depois que o passageiro
Dentro dele é colocado
Não pode muito esperar
O trem precisa andar
Sem futuro, só passado

Nada se pode levar
Nem carro, nem moto ou avião
Nem roupa de marca ou perfume importado
Um anel só se for colocado
Nem a bela casa ou luxuosa mansão

No vagão só cabe um tesouro
O bem que fez o passageiro
O amor que entregou
O caído que levantou
O perdão verdadeiro

A mão que estendeu
O coração que amou
O abraço que deu
A palavra que ergueu
O bem que praticou

Esse é o único tesouro
Que vai nesse nosso vagão
Todos nele entrarão
Rico, pobre e barão
Ninguém escapa, vai pro caixão

Às vezes ele chega de surpresa
Sem ninguém esperar
Por isso é bom ir preparando
E a sua vida avaliando
Pra quando o momento chegar

Comece pedindo perdão
Para quem você magoou
Ajude a curar a ferida
Talvez ainda dolorida
Em quem você machucou

Aprenda a fazer a partilha
Do bens que Deus te entregar
O mundo melhor ficará
E pontos você acumulará
Quando a hora da viagem chegar

O destino você pode escolher
A tua atitude dirá
Se irás para o braço do pai
Sofrimentos nunca mais
Ou no fogo do inferno queimar!

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