O Trem de Passageiros (jocimar Pereira)
Hoje passei pela velha estação
Triste e abandonada
Quase em ruínas
Quase acabada
Parei bem no centro dela
Depois de sua rampa subir
No tempo voltei e lembrei
Como era bonito alí
O sino anunciava
Lá vem o trem
Trazia progresso levava saudade
Desenvolvimento pra nossa cidade
Saudade de alguém
Lembro-me dos vendedores
De tudo tinha um pouco
Os pratos deliciosos
Muitos alimentos gostosos
Matavam a fome do povo
Do povo que viajava
Viajava no trem de passageiros
Muitas vezes atrasava
Mas sempre chegava
porque não era ligeiro
Quando o sino de novo tocava
Anunciando a saída do trem
Começava uma correria
Tinha passageiro que nem pagar queria
No bolso não tinha um vintém
Ficava com o prato na mão
Comendo devagar e o vendedor de vigia
Já com medo de ser enrolado
Porque não tem jeito pra cabra safado
Que às vezes nem o prato devolvia
O trem começava a andar
E o passageiro nada de terminar
O vendedor acompanhava andando de lado
Às vezes tinha até o prato quebrado
E ficava sem o dinheiro ganhar
O trem trazia de tudo um pouco
E levava um pouco de tudo
Muita gente humilde e honesta
Muita gente que a maldade detesta
O falante, o cantor, o calado, o mudo
Um dia subindo
Outro dia descendo
O progresso carregando
Primeiro a lenha depois o diesel queimando
E as cidades por onde passava desenvolvendo
Por um momento os olhos fechei
E vi toda aquela movimentação
Gente entrando, gente saindo
Gente descendo, gente subindo
Do trem bateu saudade no coração
Vi os estivadores
Carregando um vagão
Vi um garoto vendendo caldo de cana
Vi até uma cigana
De um passageiro lendo a mão
Vi um agricultor
Levando sua produção
Buscava um preço melhor
Vendendo em um centro maior
Praticava sem saber a tal exportação
No meio dos aventureiros
Vi um jovem casal
Recém casados em busca do futuro
Procurando um porto seguro
Partiam pra capital
E assim vi o trem partir
O som forte da buzina anunciava
Aos poucos ganhava velocidade
E assim deixava nossa cidade
Só dando tchau porque no outro dia voltava
Hoje estive na velha estação
E a saudade do trem tocou meu coração.
Triste e abandonada
Quase em ruínas
Quase acabada
Parei bem no centro dela
Depois de sua rampa subir
No tempo voltei e lembrei
Como era bonito alí
O sino anunciava
Lá vem o trem
Trazia progresso levava saudade
Desenvolvimento pra nossa cidade
Saudade de alguém
Lembro-me dos vendedores
De tudo tinha um pouco
Os pratos deliciosos
Muitos alimentos gostosos
Matavam a fome do povo
Do povo que viajava
Viajava no trem de passageiros
Muitas vezes atrasava
Mas sempre chegava
porque não era ligeiro
Quando o sino de novo tocava
Anunciando a saída do trem
Começava uma correria
Tinha passageiro que nem pagar queria
No bolso não tinha um vintém
Ficava com o prato na mão
Comendo devagar e o vendedor de vigia
Já com medo de ser enrolado
Porque não tem jeito pra cabra safado
Que às vezes nem o prato devolvia
O trem começava a andar
E o passageiro nada de terminar
O vendedor acompanhava andando de lado
Às vezes tinha até o prato quebrado
E ficava sem o dinheiro ganhar
O trem trazia de tudo um pouco
E levava um pouco de tudo
Muita gente humilde e honesta
Muita gente que a maldade detesta
O falante, o cantor, o calado, o mudo
Um dia subindo
Outro dia descendo
O progresso carregando
Primeiro a lenha depois o diesel queimando
E as cidades por onde passava desenvolvendo
Por um momento os olhos fechei
E vi toda aquela movimentação
Gente entrando, gente saindo
Gente descendo, gente subindo
Do trem bateu saudade no coração
Vi os estivadores
Carregando um vagão
Vi um garoto vendendo caldo de cana
Vi até uma cigana
De um passageiro lendo a mão
Vi um agricultor
Levando sua produção
Buscava um preço melhor
Vendendo em um centro maior
Praticava sem saber a tal exportação
No meio dos aventureiros
Vi um jovem casal
Recém casados em busca do futuro
Procurando um porto seguro
Partiam pra capital
E assim vi o trem partir
O som forte da buzina anunciava
Aos poucos ganhava velocidade
E assim deixava nossa cidade
Só dando tchau porque no outro dia voltava
Hoje estive na velha estação
E a saudade do trem tocou meu coração.
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